Muitas são as formas de organização dos Leigos em nossa Igreja: movimentos, pastorais, comunidades, serviços, conselhos… Devemos incentivar e valorizar todas estas formas de organização laical, mas sobretudo, os CONSELHOS DE LEIGOS.
Os Conselhos de Leigos constituem o espaço adequado para nós, leigos e leigas, nos reunirmos e refletirmos sobre a nossa espiritualidade, formação, identidade, autonomia, organização, e, principalmente, sobre a nossa vocação e missão na Igreja e no mundo. Na nossa articulação e organização estão a maturidade da nossa vocação, a plenitude da nossa missão, a força do nosso protagonismo, na construção do Reino de Deus no mundo.
Temos, em nossos dias, no mundo, inclusive, na AL e no Caribe, muitos povos sofridos, marcados pela exclusão política, social, econômica, cultural e religiosa.
Sistemas econômicos injustos, violação dos direitos humanos, crise dos valores morais e éticos, concentração de renda, colonialismo cultural, agressão à natureza, produção de armas, discriminação das minorias, racismo, preconceitos, violência, são, dentre tantos, sinais de morte, frutos do egoísmo humano, da nossa incapacidade de amar e servir a Deus e aos irmãos.
Nós, cidadãos, independente de tradição religiosa, Igreja, segmento eclesial, com os instrumentos legais e legítimos de que dispõe a nossa cidadania, devemos transformar estas estruturas iníquas, que afrontam a dignidade humana, a própria vida.
Nós, Cristãos, cidadãos do Reino, devemos transformar esta realidade, se a olharmos com os olhos de Deus, se a julgarmos à luz da sua palavra, e, se agirmos, nesta realidade, segundo a sua justiça.
Nós, leigos leigas, nos preocupamos com o mundo, com os seus conflitos, com a humanidade e com as suas angústias. Em função da natureza secular da nossa vocação e missão, a nossa ação missionária, evangelizadora, profética e libertadora deve ser realizada nas realidades temporais, ou seja, no meio do mundo, onde devemos ser sal, luz e fermento.
Na colheita dos frutos do Reino de Deus, sejamos nós, leigos e leigas, as primícias.
A vitória da fraternidade, da solidariedade, está na força da nossa FÉ em Deus, na ESPERANÇA na vinda do seu Reino, no AMOR aos pobres e aos que sofrem, e, sobretudo, na AÇÃO CONCRETA, na nossa vida cotidiana, que transforma e liberta, a serviço da justiça e da paz.